Reino Unido: Boris Johnson anuncia fim de todas as restrições contra a Covid-19
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta segunda-feira o fim de todas as restrições contra a Covid-19, alegando que o país tem “níveis de imunidade suficientes” para confiar na vacina e em tratamentos, apesar da oposição política e da relutância das autoridades de saúde do país. Nem mesmo a notícia, no domingo, de que a rainha Elizabeth II teve teste positivo para o coronavírus fez o premier britânico mudar de ideia.
Com o anúncio da estratégia denominada “Vivendo com a Covid-19”, realizado no Câmara dos Comuns, o governo acaba com a obrigação legal de autoisolamento de infectados a partir de quinta-feira e com sua política de testes gratuitos para detectar a doença.
— Vamos aprender a viver com esse vírus — disse o premier, que aproveitou para desejar melhoras à rainha. — Sei que toda a Câmara (dos Comuns) se juntará a mim para enviar nossos melhores votos a Sua Majestade, a Rainha, para uma recuperação completa e rápida. É um lembrete de que este vírus não desapareceu. Mas graças à incrível campanha de vacinação, o país está um passo mais próximo de voltar à normalidade e de finalmente devolver a liberdade às pessoas.
Os partidos de oposição acusam Boris de querer distrair a atenção, no momento em que seu cargo está em perigo pela investigação sobre uma série de festas na residência oficial de Downing Street durante o período de confinamento. Ele também é acusado de querer agradar a representantes conservadores que estão insatisfeitos com as restrições.
A maioria dos integrantes da Confederação do NHS (o sistema nacional de saúde do país) é contrária ao fim das medidas de isolamento e dos testes gratuitos à população. Nesta segunda, o presidente-executivo da Confederação, Matthew Taylor, admitiu que o programa de vacinação e a chegada de novos tratamentos contra a Covid-19 oferecem uma “verdadeira esperança”, mas destacou que a pandemia não acabou.
— O governo não pode chegar, balançar uma varinha mágica e agir como se a ameaça tivesse desaparecido por completo — acrescentou.
Foto Reprodução/Instagram
Fonte: ig