Açaí já é o 2º produto mais importante da agropecuária do Amazonas
O açaí já é o segundo produto mais importante da agropecuária do estado do Amazonas, superando produtos tradicionais como a banana e a madeira em tora e perdendo apenas para a mandioca. É o que revelam os dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), de 2018, divulgados nesta quinta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o estudo, o ano de 2018 teve uma considerável redução na maioria dos produtos extrativos produzidos no estado. O açaí foi um caso à parte. Levantado em duas pesquisa: produção agrícola e extração vegetal, os resultados do ano de 2018 para o produto passaram de R$ 62 milhões para R$ 97 milhões na produção agrícola e de R$ 47 milhões para R$ 94 milhões na extração vegetal, totalizando R$ 191 milhões em 2018.
No entanto, vários outros produtos extrativos tiveram queda na sua produção com destaque para o látex coagulado de seringa que reduziu 28,1%; a piaçava que reduziu 13,7% e o carvão vegetal com queda de 21,6%.
O valor de produção dos produtos extrativos teve um crescimento de 3,9% em relação ao ano anterior, passando de 291 para 303 milhões de reais. A madeira em tora, embora com queda de 5,7% na produção, foi um produto com maior valor de produção (152 milhões de reais); seguida pelo açaí com o segundo maior valor de produção (94 milhões de reais). A castanha-do-pará foi o 3º produto extrativo amazonense com maior valor de produção, alcançando 37 milhões de reais.
Produção extrativa dos municípios
O buriti apresentou produção apenas nos municípios de Parintins (12 toneladas), Tabatinga (10) e Itacoatiara (1).
O maior produtor de castanha-do-pará em 2018 foi o município de Humaitá com 4 mil toneladas, seguido por Beruri (1.200 toneladas) e Lábrea (1.150 toneladas). Quarenta e oito municípios apresentaram produção de castanha em 2018. A maior produção de cumaru localizou-se no município de Silves com 20 toneladas. Já o açaí teve sua maior produção em Codajás; espalhando-se também por outros municípios.
Itacoatiara, Silves, Lábrea e Boca do Acre foram os municípios que obtiveram os maiores valores de produção da madeira em tora.